Edifício Carlos Vilar

A edificação – que conta com 10 pavimentos – possui uma implantação baseada no conceito de “quadra aberta”, onde a partir de um térreo permeável comum, sobrepõem-se duas torres, uma predominantemente residencial e outra voltada para o uso comercial, empresarial e entretenimento, além da presença de terraços em alguns pavimentos.

O Edifício

Envoltória

Conforto Térmico

- Uso de brises horizontais – fachadas norte, leste e oeste, com ângulo alfa (α) de 45º e 50 cm de distância entre os brises;

- Uso de revestimentos claros – cor branca, cimento queimado;

- Uso de vidro duplo na pele de vidro.

Iluminação e Proteção Solar

- Brises horizontais – fachadas norte, leste e oeste, com ângulo alfa (α) de 45º e 50 cm de distância entre os brises, garantindo a proteção solar aos ambientes internos, sem comprometer a entrada de iluminação natural;

- Pele de vidro – pano de vidro que garante a entrada de iluminação natural aos ambientes internos.

Visuais e Privacidade

- Brises horizontais – ângulo alfa (α) de 45º, com 50 cm de distância entre os brises, garantindo a visibilidade por entre as paletas e trazendo certa privacidade aos ambientes internos;

- Pele de vidro – pano de vidro que garante a visibilidade do entorno aos ambientes internos.

Flexibilidade

- Brises horizontais fixos;

- Possibilidade de abertura de determinadas esquadrias da pele de vidro – “janelas de correr”.

Ventilação

- Possibilidade de abertura de determinadas esquadrias da pele de vidro – “janelas de correr” – permitindo a ventilação dos ambientes internos.

Conforto Acústico

- Brises horizontais – dissipação do som pelo posicionamento paralelo dos brises horizontais nas fachadas voltadas para as avenidas Henrique Moscoso e Hugo Musso (ruidosas);

- Pele de vidro – utilização de vidro duplo nas fachadas, ideais em ambientes voltados para avenidas ruidosas, contribuindo para o isolamento acústico.

Durabilidade e Manutenção

- Brises horizontais – utilização de chapas de alumínio, por ser um material leve, de alta durabilidade, exigir pouca manutenção, fácil conservação, substituição e limpeza;

- Pele de vidro – material de alta durabilidade, fácil conservação e substituição.

Estética e Ambiência

- Brises horizontais – utilização de cores pontuais, para criação de destaque (amarelo);

- Pele de vidro – visualmente agradável e com uma linguagem que remete ao institucional/empresarial pelo grande público.

Paisagismo

A concepção do projeto paisagístico para o Edifício Híbrido – localizado no Bairro Praia da Costa, na cidade de Vila Velha, Espírito Santo – levou em consideração diversos fatores, como por exemplo: o seu entorno próximo, o uso e ocupação do solo, a diversidade de usuários, a própria edificação, assim como, as condições climáticas, ambientais e de conforto do local.

Com um enfoque no usuário, o paisagismo concebido para o Edifício Híbrido torna-se um convite para que o público percorra por toda a quadra e desfrute da diversidade de usos, atividades e serviços que o pavimento térreo da edificação proporciona. Seguindo este princípio, resultou-se em um paisagismo orgânico, que além de valorizar a arquitetura da construção, cria paisagens e condições para que o usuário vivencie o espaço, provocando sensações e revelando surpresas ao longo do caminho.

Nota-se, que o contraste criado pela paginação de piso do espaço dominante, em relação aos demais, busca conduzir o usuário ao interior da quadra, revelando vitrines, áreas de permanência, descanso, leitura, contemplação, acesso às lojas, além de portarias e acessos verticais para os pavimentos superiores do edifício, no decorrer do percurso.

Uma preocupação pertinente no momento de concepção do projeto paisagístico era a condição da escala do usuário em relação ao gabarito do edifício – fator que foi solucionado através da implantação de uma massa de arborização, planejada justamente para criar uma relação visual mais humana em quem usufrui do espaço, frente o porte da edificação, amenizando a sensação de monumentalidade da construção.

Outro ponto relevante no processo de criação foi a busca por elementos que necessitassem de pouca manutenção, por se tratar de espaços públicos e semi-públicos, e estivessem adaptados com o microclima local, de acordo com os resultados dos estudos de insolação.